Perda de audição pode ser fator desencadeador de problemas como a depressão

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com depressão na América Latina, tendo mais de 12 milhões com essa doença. E, durante a campanha do Setembro Amarelo, o debate acerca das doenças mentais e o suicídio se tornam mais evidentes.

Porém, poucos sabem que problemas auditivos podem ser uma das causas da depressão. Isso porque, o dano na audição traz consigo uma série de prejuízos à vida social, com explica a fonoaudióloga Clarissa Costa: “A perda auditiva acaba por provocar o isolamento social, pois muitos pacientes que passam por esse processo sentem vergonha do seu estado, acabando por ser afastarem e entrando em depressão, ou desenvolvendo outro tipo de problema mental”.

 Além disso, quando há o acréscimo de zumbido aos sintomas de quem está perdendo a capacidade de ouvir, os prejuízos podem ser maiores. “Quando indivíduos apresentam essa junção de quadros, pode ter dificuldades como a insônia, o que atrapalha ainda mais a sua rotina.”, fala a médica. Alguns estudos já associam problemas auditivos com diagnósticos mais precoces de doenças mentais. Pesquisa feita na Austrália mostrou que o risco de demência foi 69% maior em homens idosos com dificuldade auditiva do que naqueles que tinham audição normal.

Perder a habilidade de ouvir, aproveitar conversas e sons que a pessoa gosta, pode levar a sentimentos de aflição, tristeza e solidão, agravando a ansiedade e o estresse. Por isso, é essencial buscar ajuda! Ao detectar os primeiros sintomas, qualquer pessoa, independente da idade, deve procurar um profissional tanto da área de saúde mental, como psicólogo e psiquiatras, como também do setor de fonoaudiologia que poderá passar um tratamento multidisciplinar.